 
Jornal
da Rede Feminista de Saúde, edição fevereiro,
faz chamada para o 8 de Março – Dia
Internacional da Mulher. E dá destaque para os
Direitos Reprodutivos, com uma questão de
direitos humanos. Na matéria de capa, o
informativo assegura que a temática “cria uma
nova perspectiva para a cidadania ao colocar
como pressuposto fundamental para i seu
exercício a possibilidade para as mulheres, de
optar entre ter ou não filhos. Impedir essa
liberdade de escolha devolve a mulher ao lugar
de submissão”. Nesse mesmo ano, em outubro, o
jornal da Rede coloca como pauta principal a
legalização do aborto. O artigo elaborado pela
advogada Norma Kyriakos faz uma chamada para que
o movimento feminista atente para as pesquisas
que colocam o aborto “como a quarta causa de
mortalidade materna em nosso país”.

A Conferência Mundial de Direitos Humanos, em
Viena, reafirmou com base na igualdade entre
homens e mulheres, o direito da mulher a
cuidados de saúde acessíveis e adequados ao
maior leque possível de serviços de planejamento
familiar.

A Comissão Intersetorial de Saúde da Mulher -
CISMU - foi criada em 1993, tendo realizado seus
trabalhos entre fevereiro de 1993 a dezembro de
1994. Após processo de avaliação pelo qual
passaram todas as comissões assessoras, o
Conselho Nacional de Saúde - CNS, através da
Resolução nº 199, de 10 de outubro de 1996,
reafirmou a importância da continuidade dos
trabalhos da Comissão.

No mês de setembro foi realizado em Uganda,
África, o 7º Encontro Internacional sobre Mulher
e Saúde. Na ocasião, a Rede Feminista de Saúde,
com apoio de militantes latino-americanas,
apresentou a proposta para que o Brasil sediasse
o encontro previsto para 1996. A Rede explicitou
que era seu o compromisso de ampliar essa
discussão no Brasil.

No dia 28 de setembro foi realizado o Encontro
Nacional sobre Mulher e População – “Nossos
Direitos para Cairo/94”, no auditório Nereu
Ramos, do Congresso Nacional (Brasília/DF). Com
a participação da Rede Feminista de Saúde foi
escrita a “Carta de Brasília” contemplando
indicativos e propostas não focadas apenas em
políticas demográficas e com o objetivo de
pressionar o governo brasileiro.
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